Mais do que nunca, as pessoas são consideradas o pilar mais estratégico de uma organização.

É a partir delas que surgem inovações, melhorias e mudanças. No entanto, mesmo no contexto atual, ainda existem dúvidas sobre quais frentes de trabalho ligadas à gestão de pessoas devem estar ativas para gerar negócios de sucesso.

Antes de tudo, há um falso senso de que gerir o capital humano das empresas é tarefa única do setor de RH, mas hoje já é uma realidade que esse compromisso deve ser disseminado por toda a liderança para aproveitar ao máximo as competências que cada um dos colaboradores possui.

Além do fato de que, se os gestores não sustentarem a aplicação dessas práticas no dia a dia, é bem possível que as ações não virem cultura para a organização.

De forma prática e resumida, existem alguns pontos que podem ser usados como referência para a aplicação dos principais pilares da gestão de pessoas.

Vale ressaltar que esta estrutura não é um modelo engessado que deva ser seguido sem uma adaptação específica para cada modelo de negócio: Engajamento dos colaborares; Comunicação assertiva e diálogo aberto; Desenvolvimento dos profissionais em treinamentos estratégicos; Aquisição e retenção de talentos; Avaliação de desempenho com total transparência; Recompensa e reconhecimento com salários, benefícios, programas de incentivo, e Desenvolvimento da liderança.

Por isso, não basta apenas atrair e selecionar os melhores profissionais do mercado. Não existe nada mais comum que um time super qualificado, cuja comunicação é falha, ou inclusive, ofensiva.

Cabe ao gestor, em parceria com o RH, criar uma estrutura de trabalho e proporcionar as condições necessárias para que as pessoas queiram se empenhar juntas, na mesma missão e no mesmo ambiente.

Um ponto importante a ser destacado é que esse ambiente colaborativo não exclui a existência de conflitos. Ter um grupo de pessoas diversas traz consigo diferentes visões de mundo e esse é o grande objetivo!

É preciso entender que os conflitos são parte da essência humana e é impossível evitá-los por completo. Muito pelo contrário! Dependendo de como a questão for gerenciada, ela pode gerar consequências bem positivas.

Como diria o filósofo e professor, Mário Sergio Cortella, o conflito é algo criativo, uma divergência de postura, o negativo é o confronto e a tentativa de anular outra pessoa.

Logo, quando não-resolvidas, essas dissonâncias podem gerar conclusões precipitadas e desperdício de energia da equipe. Porém, ao serem bem administradas, promovem a busca criativa de soluções e elevam a habilidade das pessoas para o trabalho em conjunto.

Gerenciar conflitos não é fácil, é necessário entender a sua natureza. Mesmo assim, não existe conflito insolúvel! Cada situação deve ser avaliada, discutida e resolvida de forma pacífica e racional.

Uma abordagem que pode contribuir para uma boa gestão de conflitos é a CNV (Comunicação Não-Violenta), um conceito que compreende as habilidades de falar e ouvir, que leva os indivíduos a se entregarem de coração, possibilitando a conexão consigo mesmos e com os outros.

Um exercício prático que pode ser aplicado de diferentes situações, que é proposto pelo Instituto CNV Brasil, é o questionamento sobre as seguintes perguntas: “O que desejo com essa conversa? Qual a minha intenção aqui?” Pode parecer simples, contudo, se aprofundar nessas respostas pode apoiar em diversas resoluções.

Sendo assim, é possível concluir que a gestão de conflitos é uma ferramenta fundamental para manter as boas condições de trabalho.

A partir dessas reflexões, o próximo passo é entender o que faz mais sentido para a sua empresa e qual a melhor abordagem para gerar resultados reais e contínuos.