A preocupação com o capital humano tem sido crescente nas empresas nos últimos anos. Cada vez mais, o bem-estar físico e mental dos colaboradores ganha relevância, especialmente agora, diante do cenário de pandemia que vivemos.

Isso significa, entre outros aspectos, que os riscos ocupacionais estão sendo avaliados e trabalhados de forma bastante estruturada e estratégica nas respectivas áreas de EHS (meio ambiente, saúde e segurança, na tradução livre para o português), impactando positivamente todos os stakeholders.

Basicamente, os riscos ocupacionais são aqueles aos quais os profissionais ficam expostos no seu ambiente de trabalho, durante a realização de suas atividades. São divididos em cinco tipos: físicos; químicos; biológicos; ergonômicos; e acidentais.

Essas ameaças estão associadas a diversos fatores, ou seja, qualquer situação que possa provocar dano à saúde do funcionário caracteriza um risco ocupacional.

Ele pode ser mais grave, como elevada exposição ao calor ou acidentes em grandes indústrias, ou menor, por exemplo, os problemas ergonômicos em escritórios e setores administrativos.

Nos tempos atuais, é fundamental analisar os riscos ocupacionais existentes tanto internamente, na empresa, quanto nas situações em que os colaboradores estão atuando no sistema de home office.

De fato, a pandemia tem agravado doenças físicas e psíquicas, causando extremo estresse, forte tensão e muito abalo emocional nas pessoas.

Os colaboradores foram, muitas vezes, obrigados a trabalhar em casa, mesmo sem ter o espaço apropriado e boas condições para isso. Outros atuam em situações de extremos perigos, e é preciso reduzir ainda mais as chances de acidentes.

Sendo assim, as organizações devem – e já estão buscando – humanizar seus processos para se adaptar, de forma mais eficiente e segura, à nova realidade.

É importante implementar medidas de saúde e segurança, com normas e procedimentos que previnam acidentes e doenças ocupacionais, considerando-se, agora, esses dois ambientes de trabalho.

No entanto, em determinados casos, vale a pena um acompanhamento mais próximo das equipes, com orientações e monitoramentos específicos.

Além disso, as companhias mais estratégicas têm voltado seu foco para aprimorar as iniciativas preventivas, por meio de análise de todos os aspectos relacionados aos riscos ocupacionais.

Algumas delas estão desenvolvendo esforços de conscientização dos funcionários sobre a importância da prevenção de todo tipo de acidente.

Para apoiar essas medidas e a estruturação de planos de ação eficazes, também têm implantado comitês de crise para atuar na promoção da saúde e da segurança laboral.

Outro aspecto que precisa ser considerado é o cenário pós-pandemia, pois existirão consequências de tudo que estamos vivendo hoje.

Os riscos psicossociais relacionados ao teletrabalho e à interação virtual constante estão entre os principais pontos que merecem atenção, uma vez que doenças como o tecnoestresse e a infoxicação estão aumentando.

Sem dúvida, o uso excessivo da tecnologia já é – e continuará sendo – um grande desafio para a população mundial.

Portanto, a adoção de práticas eficazes de prevenção aos acidentes e doenças que podem estar ligados à rotina de trabalho diária é de extrema importância para as empresas e profissionais.

E a capacidade de cada um, como indivíduo, de se adaptar e se reinventar nos momentos atípicos, com resiliência, faz toda a diferença nesse processo.

A cultura de segurança não é responsabilidade única da corporação ou das áreas de EHS. Essas práticas e ideologias devem estar presentes no dia a dia e no mindset dos envolvidos, indo além de processos, procedimentos, normas e legislações.

Ou seja, é essencial que seja vivida com protagonismo e responsabilidade por todos. Quando cada um cuida do seu entorno e do próprio bem-estar, naturalmente estará contribuindo para mitigar os danos globais e, ainda, sendo relevante para as organizações e para o mundo.

Já o investimento das empresas em estratégias que previnam os riscos ocupacionais garante não apenas o equilíbrio e o bem-estar dos colaboradores, como também a produtividade e a competitividade para alcançar os resultados esperados.