O Hospital Albert Einstein anunciou que desenvolveu um exame genético que pode ser aplicado em larga escala para detectar o novo coronavírus.
Além da precisão dos resultados, a principal vantagem do teste, que usa material do nariz e da garganta, é o número de exames que podem ser processados de uma só vez; seriam 1536 exames, ou seja, um número 16 vezes maior do que o método usado como referência.

Sequenciamento Genético
Os pesquisadores que desenvolveram e patentearam o exame, usaram inteligência artificial e aparelhos que fazem sequenciamento genético para outras doenças. Segundo eles, a tecnologia apresenta 100% de especifidade, ou seja, não apresenta casos de falso-positivo e é o primeiro exame genético do mundo a detectar o coronavírus em larga escala por meio da técnica de sequenciamento NGS (Next Generation Sequencing – NGS), ou Sequenciamento de Nova Geração, que analisa pequenos fragmentos de DNA para identificação de doenças.
Atualmente, os testes rápidos disponíveis são os chamados exames sorológicos, os quais identificam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue, que podem ser observados em média 14 dias após a contaminação; entretanto, a técnica não possui uma precisão tão alta quanto a nova técnica, e ainda é questionada por entidades médicas.
Por outro lado, a nova técnica apresentada pelo Einstein promete identificar a presença do vírus desde o primeiro dia da infecção.
Além disso, consome menos insumos e poderá ser negociada e transferida para hospitais públicos e privados no Brasil e no mundo.
É o impacto da testagem massista, ou seja, de um número muito maior de pessoas testadas, com rápido diagnóstico e com o isolamento dos contactantes, além da importância de se conhecer o número de pessoas infectadas em uma assertividade totalmente confiável, o que vai permitir a retomada das atividades de modo mais seguro e mais rápido.
Enquanto não há testes suficientes, a aposta ainda é no isolamento social.
O novo exame, porem, deve ser mais barato que os existentes, com resultados entregues em 3 dias, e estará disponível no inicio de Junho.
“O feito da equipe do Einstein, executado em tão pouco tempo, é resultado do grande investimento da organização em suas áreas de pesquisa, inovação e empreendedorismo”, afirma o engenheiro Claudio Terra, diretor de Inovação e Transformação Digital da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.