No dia 7 de maio, foi divulgado pela OMS – Organização Mundial da Saúde – o relatório ‘Situação da Enfermagem no Mundo – 2020’, produzido pela instituição.
Produzido pela OMS, o relatório mostra a falta de 5,9 milhões de enfermeiros no mundo, sendo as regiões mais afetadas, a África e o Sudeste Asiático.
Com isso, a instituição destacou a necessidade urgente de se elevar o número de profissionais da saúde em todo o mundo, melhorar e valorizar suas condições de trabalho.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS anunciou o documento nas redes sociais da OMS e em comemoração ao Dia Mundial da Saúde e aniversário de fundação da OMS, e convidou enfermeiros e obstetrizes de diferentes partes do mundo para relatarem seus depoimentos.
“Os profissionais de enfermagem são a coluna vertebral de qualquer sistema de saúde. Este relatório é uma clara lembrança do papel insubstituível que desempenham e é uma chamada de atenção para assegurar que esses profissionais recebam o apoio que necessitam para garantir a saúde do mundo”, lembrou Ghebreyesus.
De acordo com a OMS, mais de três mil enfermeiros foram infectados com o novo coronavírus. “Como os trabalhadores da saúde estão na linha de frente da luta contra a Covid-19, eles também se encontram entre os que estão em maior risco”, complementou ele.
Também de acordo com a OMS, os enfermeiros representam mais de 50% dos profissionais de saúde atuantes. Somam-se 28 milhões desses profissionais na linha de frente em luta contra pandemias e epidemias que ameaçam a saúde global. É importante aprimorar a formação desses profissionais de saúde, capacitando-os para cargos de lideranças.
“Estamos pedindo aos países com escassez de enfermeiros que aumentem em 8% o número de enfermeiros formados a cada ano e que implementem medidas para melhorar o emprego e a retenção de enfermeiros no sistema de saúde”, afirmou Tedros.
De acordo com o mesmo relatório da OMS, 8 em cada 10 enfermeiros estão em nações que representam metade da população mundial. E os outros 50% da humanidade contam com apenas 20% de profissionais de enfermagem. A OMS também se disse comprometida em trabalhar conjuntamente com os países que forneçam o treinamento necessário, o reconhecimento que eles merecem e melhores condições de trabalho e salários.
“A mensagem é inequívoca: os governos têm de investir em uma aceleração da formação pessoal dos enfermeiros, na criação de empregos no setor e em lideranças. Sem os enfermeiros, obstetrizes e outros profissionais da saúde, os países não podem ganhar a batalha contra as epidemias e nem alcançar a cobertura universal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas”.