Diante de uma doença infecciosa, sem vacina ou tratamento específico, protagoniza o sistema imunológico (SI), um conjunto diversificado de células, moléculas e órgãos.

Na CoViD-19, a imunidade inata produz muco e citocinas, moléculas mensageiras que atraem células e prejudicam a proliferação viral, como os Interferons (IFNs). Em seguida, linfócitos B produzem anticorpos que se ligam ao vírus impedindo a invasão de outras células. Após recuperação, espera-se que as células de memória geradas reconheçam posteriormente o patógeno, garantindo proteção. Entretanto, a síntese de anticorpos pode demorar até 15 dias. Durante esse período (janela imunológica), o vírus parece interferir na produção de IFN e se beneficiar com a produção dessa molécula, pois o receptor que possibilita a entrada viral na célula (ACE2) é estimulado por IFN o que favorece o sucesso na infecção. Além disso, para SARS-Cov-2 não se sabe quanto tempo dura a memória imunológica, pois se desconhece a taxa de mutação viral.

Cerca de 20% dos afetados têm reações inflamatórias mais graves, com proliferação viral rápida e destruição massiva das células respiratórias infectadas, estimulando intensamente o SI que reage produzindo uma tempestade de citocinas e muito muco, dificultando a respiração. Sabe-se pouco sobre as consequências da CoViD-19. Há estudos relacionando-a às Síndromes de Guillain-Barré, uma doença auto-imune do sistema nervoso, à de Kawasaki, uma inflamação vascular; e a lesões na retina.

Nesse panorama, o tratamento, que utiliza anti-inflamatórios, suprime o SI. É aconselhável consumir vit.C, D, zinco, ômega3, e outras estratégias que auxiliam o SI. Além disso, exercitar a serenidade, pois a psiconeuroimunologia, relaciona a liberação excessiva de hormônios de estresse anti-inflamatórios, como o cortisol, à predisposição do hospedeiro a mais infecções devido à imunossupressão.

Apesar das incertezas, há espaço para o otimismo com a união de 40 países apoiando mais de 70 pesquisas de vacinas, com testes iniciados na China, Reino Unido, Canadá e EUA. Também há pesquisas promissoras baseadas na imunização passiva (transferência de anticorpos) usando o plasma de recuperados, além da descoberta, por uma farmacêutica norte americana, de um anticorpo que parece neutralizar o vírus.

Esperancemos!