De acordo com dados da Secretaria de Saúde, somente no Distrito Federal, pelo menos 780 presos e 362 profissionais de segurança contraíram o novo coronavírus; entre estes últimos, 65% são policiais que trabalham diretamente no sistema penitenciário. Estes números não incluem condenados que cumprem prisão em regime semi-aberto ou prisão domiciliar e que também tenham adoecido pelo covid-19.
Dois presos e um policial morreram. Dados da Secretaria de Saúde informaram que os 780 casos confirmados representam 8% do total de 10.178 casos registrados no Distrito Federal.
Felizmente, 80% dos policiais já se recuperaram da doença e voltaram ao trabalho; entretanto, ao menos 46 destes policiais continuam doentes. A secretaria destaca que os dados de profissionais infectados podem não representar a real dimensão do problema, pois parte dos policiais penais que já atestaram positivo aguardam o resultado da contraprova antes de serem incluídos na relação.
A Secretaria relata ainda que adotou diversas medidas a fim de resguardar a saúde e o bem-estar dos policiais que trabalham e dos presos que estão cumprindo penas nas penitenciárias locais. Uma das medidas é a aplicação de mais de 5.300 testes em internos e policiais penais e a suspensão de visitas desde meados de março; a medida está prevista até o dia 5 de junho, podendo se prorrogar, se as autoridades locais acharem necessário.
Intensificaram-se a limpeza de celas, das viaturas e de toda a parte interna e externa dos presídios e foram distribuídos EPIs – equipamentos de proteção individual e kits de higiene às unidades prisionais. Dois blocos dos novos centros de detenção provisória com 400 vagas foram destinados a tratamento e quarentena de presos durante a pandemia de covid-19.
Através do ‘Programa Acolher’, pelo qual se oferece hospedagem a médicos e enfermeiros sujeitos à infecção por coronavírus, o governo do Distrito Federal realizou uma parceria com 2 hotéis da cidade, os quais vão disponibilizar acomodações a 360 policiais penais que atuam em contato direto com presos suspeitos ou diagnosticados com o novo coronavírus e que moram com idosos ou pessoas com doenças crônicas, por serem considerados de grupos de risco. Essa iniciativa objetiva minimizar o risco dos profissionais infectarem parentes levando a contaminação para seus lares.