As campanhas para doação de sangue são recorrentes, mas infelizmente, por conta da pandemia e do medo de ir aos hospitais e hemocentros, os bancos estão com os estoques baixos.

O que muita gente talvez não saiba é que, além de sangue, é possível realizar a doação de hemácias duplas, plaquetas e plasma – este último tem sido de grande valia para os pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Ao se infectar com o novo coronavírus, o paciente cria anticorpos para combater o vírus. Esses anticorpos ficam presentes no plasma (parte líquida do sangue), tornando-se o conhecido plasma convalescente.

Ao doar sangue, esse material rico em anticorpos contra a covid-19 pode ser filtrado e transfundido para um paciente que esteja com a doença ativa para que sirva como um agente catalizador ao sistema imunológico do infectado e possa auxiliar o processo de recuperação.

Diversos testes são realizados antes da doação, entre eles o de anticorpos neutralizantes, para verificar a quantidade de anticorpos do candidato, a fim de verificar se o plasma poderá ter eficácia ou não ao paciente.

O fluxo para esse tipo de doação se dá a partir de um doente recuperado da covid-19 (tanto assintomático, como que tenha tido sintomas leves, moderados ou graves).

Realizada a doação de plasma, o material colhido é testado como de praxe na doação de sangue; o paciente então é infundido com o plasma convalescente e recuperado.

Ao ter recebido o plasma e ter se curado da doença, esse indivíduo pode se tornar um doador de plasma após 30 dias da recuperação total.

Diversos hemocentros estão à procura de voluntários para esse tipo de doação. É válido dizer que esse tratamento ainda está em fase de testes, mas já tem sido utilizado no combate à covid-19.

A doação de sangue é sempre importante, e nesse momento, as formas de ajudar se multiplicaram através do plasma convalescente.