Novo chuveiro elétrico instalado! Finalmente chegou a hora do primeiro banho tão esperado. Você entra no box, liga o chuveiro, e a água continua fria. Rapidamente você irá lembrar da história semelhante de um amigo que precisou de um disjuntor mais “forte”. Após a instalação do novo disjuntor, o chuveiro elétrico passa a aquecer a água.
Diante desta situação cabe a reflexão: instalação elétrica funcionante é sinônimo de instalação elétrica segura? Um equipamento ou instalação operante, por um longo período, atendendo seu objetivo funcional, sem nenhum acidente não é garantia de segurança.
O disjuntor é como o airbag do carro: está sempre presente, mas sua funcionalidade e eficácia são percebidas apenas diante de acidentes.
O disjuntor, ou interruptor termomagnético, tem a função de proteger os condutores do circuito, evitando que sobrecargas e curtos-circuitos danifiquem os cabos devido à temperatura excessiva. Este dispositivo precisa estar corretamente dimensionado e especificado para cada circuito. Apenas deste modo sua atuação será eficaz.
O princípio básico do dimensionamento adequado é a coordenação da proteção, na qual deverá ser respeitada a relação de capacidades entre equipamentos e seus respectivos condutores e disjuntores. Quando é instalado um disjuntor com corrente acima da adequada, a fim de evitar a rotineira interrupção, ocorre a descoordenação da proteção podendo causar incêndios e curto circuitos.
Os fabricantes de chuveiros elétricos devem elaborar manual de instalação para que seja fornecido juntamente ao equipamento para os consumidores, contendo instruções sobre quais são os condutores e disjuntores adequados para o funcionamento seguro.
Toda instalação elétrica é perigosa, independentemente de seu uso; sua execução e manutenção devem ser tecnicamente adequadas, conforme as especificações das normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis. Deste modo, haverá garantia de que as proteções funcionem devidamente.
Nunca subestime o poder da eletricidade, mesmo nas residências e pequenos comércios.
