“Você pode projetar, criar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é preciso que as pessoas transformem o sonho em realidade.” (Walt Disney)

Ao longo da vida, estudiosos, pesquisadores e influenciadores buscam proporcionar informação, conhecimento e teoria através de estudos, vivências e pesquisas. Muito é oferecido, o que faz com que cada um selecione sua “linha” e seu “repertório”. Agora pouco é dito e preparado para cenários complexos e não previstos!

Segundo Leone (2007), a prática de gestão de pessoas traduz ações de encorajar os trabalhadores potenciais a ingressarem em uma organização, estimular os atuais trabalhadores a permanecerem, motivar os atuais trabalhadores a produzirem e se esforçarem para assumir um papel e uma responsabilidade.

Segundo Freire et al. (2016), o contexto da Sociedade do Conhecimento apresenta novos modelos de gestão. Os gestores, por exemplo, são impulsionados a se tornarem líderes e desenvolverem seus liderados com autonomia. Neste cenário, o papel da área de gestão de pessoas vem, aos poucos, sendo descentralizado. Notoriamente a partir do Séc. XXI essa área passa a assumir responsabilidades estratégicas, que somam as rotinas operacionais dos subsistemas de RH, pois passou a ser responsável pelo desenvolvimento do capital humano de alto desempenho, dando suporte às outras áreas no que se refere ao desenvolvimento do capital intelectual necessário ao alcance das metas estratégicas e a capacitação de seus líderes para motivarem suas equipes, principalmente os experts, inclusive, para valorização do capital social, pois as organizações passaram do modelo burocrático (baseado na especialização do conhecimento) para o modelo de gestão por processos, em rede virtual onde as pessoas trabalham por projetos em times de aprendizagem.

Para apoiar este novo momento, as universidades adotam o papel de acompanhar uma necessidade do presente com impacto no futuro dentro das organizações, o que contribui com a formação e desenvolvimento de novos trabalhadores do conhecimento que atuam na área de gestão de pessoas.

Segundo Eboli (199, p.117) as universidades corporativas surgem com a tarefa de:

Desenvolver competências essenciais para o sucesso do negócio; apresentam a teoria com a  aprendizagem na prática de negócios; apresentam sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de competências; desenvolvem crenças e valores da empresa trabalhados no ambiente de negócios, criando a necessidade do aprimoramento da cultura empresarial; criam profissionais competentes para gerar o sucesso da empresa, valorizando as experiências e os clientes.

Quanto mais olhamos para o futuro, mais percebemos que o ritmo acelerado do mercado de trabalho exigirá de todos profissionais um conjunto de habilidades essenciais.

Klaus Schwab, fundador do Word Economic Forum (WEF), afirmou que a humanidade está ingressando na Quarta Revolução Industrial, uma nova era em que a união de tecnologias digitais, físicas e biológicas modificará drasticamente não apenas o modo como vivemos, mas a maneira como trabalhamos e vivemos.

Partindo deste princípio, enquanto alguns trabalhos desaparecerão, outros sequer existentes, logo se tornarão comuns e os que permearem no presente demandarão de novas “skills” sócios comportamentais que garantirão a empregabilidade e posição no mercado dos trabalhadores.

Pode-se observar a mudança de 2015 para 2020 onde a posição e percepção de valor das habilidades demandadas hoje, geram um diferencial competitivo para os trabalhadores que ocupam posições nas empresas.

Enquanto o mundo ainda se adapta aos desafios da Indústria 4.0, surge um novo conceito: a Sociedade 5.0. Com a transformação da tecnologia, hoje a disponibilidade de dados e ferramentas, como a Inteligência Artificial, é tão vasta e poderosa que leva a novas formas de negócios, interações tecnológicas e sociais.

Todas essas mudanças afetam não apenas o setor industrial, mas a sociedade por inteiro. O Japão já vislumbra o que é possível se aproveitar das inovações tecnológicas para construir a sociedade do futuro.

A Sociedade 5.0 é uma revolução que promete colocar o mundo a favor das pessoas, reposicionando as tecnologias para melhorar a qualidade de vida da humanidade.

Dentre os objetivos da Sociedade 5.0 estão a resolução de vários desafios humanos como nos libertar do estresse de dirigir, ter acesso às últimas inovações médicas em qualquer lugar e por preços baixos. Além disso, aumentar as habilidades humanas, fazendo uso de inteligência artificial e robótica.

Os três principais valores da sociedade 5.0 são: Qualidade de vida, inclusão e sustentabilidade.

Diante de tantas mudanças, diante de um novo mundo, quem é o gestor de pessoas que fará a diferença na sociedade atual e no mundo empresarial?

O gestor de pessoas será um agente facilitador de competências e gente, aquele que estará a serviço do outro para um propósito maior, aquele que ouvirá mais e falará menos, aquele disposto a construir e contribuir a partir das individualidades e não a partir de processos generalizados.

O gestor de pessoas deste cenário observa cada um como um ser único e cada desafio como uma oportunidade de integração e evolução, num mundo onde tudo o que se sabe se constrói a cada instante. Mais vale o presente que as justificativas, punições, obrigações porque o que que fará a diferença é identificar os talentos individuais de cada um, associar a um propósito comum, respeitar as grandezas individuais para construção de uma grandeza organizacional e social.

O verdadeiro gestor de pessoas contribuirá com a construção de trabalhadores autônomos, críticos, flexíveis, criativos, inovadores, capazes de se autogerir.

Para isso, antes deverão ser o exemplo do que querem conquistar. Só se pode oferecer o que se “é”, portanto o potencial gestor de pessoas será aquele capaz de aprender a desaprender e reaprender todos os dias a partir do que recebe.

Portanto, o jeito que você idealiza o futuro mudará suas ações no tempo presente, a forma de pensar e agir no amanhã retrará suas ações hoje. Esteja atento!