São Paulo, 15 de dezembro de 2020 – Há uma perspectiva, a partir de um recente Boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de que o número de mortes pela covid-19 se manterá alto nos próximo meses, caso o cenário de aglomerações atuais permaneça.
Com a proximidade da estação mais quente do ano e devido às temperaturas mais elevadas em determinados dias, o que se observa, de norte a sul do País, são praias, clubes e pontos turísticos, tomados por pessoas sem máscara e compartilhando copos e objetos.
Para especialistas, a recomendação, até a vacinação em massa da população, ainda é “fique em casa”. Embora o Ministério da Saúde tenha publicado em junho no Diário Oficial da União uma portaria (nº 1.565) com orientações para retomada das atividades e convívio social seguro, o documento não traz recomendações sobre os cuidados nas praias, por exemplo, e dá a prerrogativa para que estados e municípios definam as suas próprias regras de isolamento.
Diante disso, a pandemia continuará e a transmissão do vírus permanecerá ativa. A minha maior preocupação é que devido a essas aglomerações, fomentadas pela chegada do verão é que a transmissão do vírus seja potencializada, ocasionando o aumento no número de casos e por consequência, mais mortes.
As pessoas ainda precisam manter o distanciamento social e manter os cuidados sanitários. É de conhecimento público que ambientes externos e abertos têm menor probabilidade de espalhar o vírus do que locais fechados.
Entretanto, o risco ainda existe e quanto maior a proximidade entre as pessoas, sobretudo àquelas que não são pertencentes à família, maior a chance de contaminação.
No que se trata de recomendação, devemos sempre pensar no tripé da prevenção: distanciamento, uso de máscara e higienização de mãos. As demais orientações são secundárias e de menor eficácia.
É por isso que sou enfático e repito, a pandemia ainda não acabou e precisamos nos cuidar. Quanto ao uso desses espaços, praias, clube ou pontos turísticos, por exemplo, é necessário limitar o uso de pessoas para garantir o distanciamento, e além disso, deve-se ter rígida orientação verbal seguida de fiscalização eficiente, tenho sim essa preocupação. Devemos ser responsáveis e conscientes. As pessoas devem respeitar as políticas estaduais e municipais para controle da covid-19, seja na praia ou em qualquer outro ambiente, porém, a consciência é individual e está acima de qualquer regra.
Lembre-se que, ao se proteger, você reduz as chances de propagação do novo coronavírus e protege outras pessoas. Essa é principal regra que devemos seguir. Não é porque o verão se aproxima que devemos relaxar. O calor não nos imuniza do vírus.